Um ano de Lisboa já chega, é uma cidade com tudo, tudo a nível de concertos, futebol (ai o meu Benfica), compras, restaurantes, diversão, confusão, trânsito... isto tem mesmo tudo, menos aquilo que realmente interessa. Serviu para conhecer a capital e me saber orientar sem necessidade do GPS (bem, mais ou menos assim). Serviu para matar saudades do Benfica e ver tantos jogos este ano ao vivo como no resto da minha vida. Serviu para solidificar apetências profissionais e outras soft skills que a mistura de pessoas do Porto e Lisboa me proporcionaram. Serviu para tanta coisa e ao mesmo tempo para nada.
Iato porque não há nada como o sossego da nossa casa (hotel não é casa), a companhia de quem mais gostamos, e os amigos por perto. Não há dinheiro que pague isso, nem cidade que o conquiste.
O problema é o trabalho... não há trabalho. Se quero trabalhar na minha área tenho de andar atrás das empresas, as empresas andam atrás do dinheiro... o dinheiro está em Lisboa.
Este ciclo vicioso é difícil de vencer, tenta-se aqui e ali. Há sempre esta ou aquela excepção, mas no fundo vai tudo bater no mesmo.
Estou em Lisboa por tempo incerto, não sei se por um mês, se por dois, se por um ano... a realidade é que estarei sempre à espreita de sair de cá e voltar para o ninho.
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